quinta-feira, agosto 27, 2009

Em ti. Há muito. (de mim)

Há muito que não escrevo. Há muito que não choro em palavras sentimentos tristes e alegres. Há muito que não sai de mim o muito que há cá dentro, o muito que me prende ao passado, à dor que não passou, à saudade que aperta. Já falo de ti, já nem sempre choro ao falar de ti. Agora, em vez da dor, a saudade ocupou o espaço vazio, os momentos mortos, a tua falta. A falta que me fazes.
Hoje falam-me em destino. Estaria escrito? Se alguém o escreveu numa folha de papel, na parede ou no céu, não sei. Prefiro não saber. Porque quem o fez devia querer-te mal a ti.
Se me queria mal a mim? Não sei. Não creio. Sinais do tempo, da lua e da luz dizem-me que não devo dizer mal do destino, que não hei-de amaldiçoar aquilo que ele me reservou. É verdade.
Mas deixem-me só e simplesmente não pensar nele. E só em ti.
Porque contigo levaste um pouco do muito de mim.