Números.
Fracções matemáticas infindáveis e infinitas.
Cálculos, somas, significados exactos.
Matemática nunca foi a minha escolha, embora ao contrário de muita gente, também nunca tenha fugido dela.
Às vezes acho que a ciência me trai, porque vivo pelos sentimentos, poque fujo da exactidão e porque quero acreditar que nem sempre a vida é um dois mais dois.
Hoje, num dia carregado de dolorosas recordações, numa semana que se aproxima do clímax mais intenso que alguma vez podia ter sentido, também o dia 18 chega, repleto de importância.
São 9h da manhã. O sono foi embora, o despertar foi repentino, com o som do meu próprio coração a bater a compassos incertos. Com números redondos a ensombrar o meu destino. Com uma ansiedade incontrolável a cair sobre a perspectiva do meu dia.
Tudo pode acabar hoje. Tudo pode começar hoje. Tudo pode, simplesmente, ficar igual. E essa, sim, é a pior equação matemática.
sexta-feira, dezembro 18, 2009
quarta-feira, dezembro 16, 2009
Ouvi esta frase um destes dias, num dos meus trabalhos jornalísticos.
"Que 2009 termine rapidamente pois não vai deixar saudades a nenhum de nós, a não ser, por ventura, a felicidade de estarmos vivos".
Deculpa, 2009, por não saber apreciar as coisas boas que me trouxeste. As más são fortes demais. Mas ainda estás a tempo de mudar tudo. Basta um dia. Basta uma notícia.
"Que 2009 termine rapidamente pois não vai deixar saudades a nenhum de nós, a não ser, por ventura, a felicidade de estarmos vivos".
Deculpa, 2009, por não saber apreciar as coisas boas que me trouxeste. As más são fortes demais. Mas ainda estás a tempo de mudar tudo. Basta um dia. Basta uma notícia.
Correr
Correr.
Correr em busca de sonhos.
Correr até o coração pular.
Correr até a garganta arder.
Correr até deixar de sentir os pés no chão.
E simplesmente correr.
Atrás da vida.
Atrás dos sonhos.
Atrás da meta.
Correr sem olhar para trás.
Correr até o vento furar os pulmões e os olhos chorarem de dor.
Correr até extravasar as próprias forças.
E ganhar.
Ganhar depois de correr.
Ganhar depois de cortar a meta.
Olhar para trás e ver sonhos vencidos.
Sonhos corridos.
Sonhos suados.
E, mesmo assim, não estar feliz.
E, mesmo assim, continuar a querer correr.
Mais e mais.
Até ao fim.
Até ao fim do mundo.
Por ti.
Foto: aqui