Não se ganha nem se perde.
Tem-se. E pronto.
E quando se tem, há um ego cá dentro que cresce e aumenta como um balão. Sobe e rebenta e é grande. Sem dores nem sacrifícios. Sem gritos nem tormentos. Só porque existe. E porque quando existe quase nunca é ténue.
Depois, se não a há, é como que uma ponte suspensa feita de corda e madeira. Onde há buracos e farpas, frinchas abertas por onde se vê o infinito. O infinito no qual se pode cair se, por um momento, se corre o risco.
Pois é. É que quando ela existe, não se correm riscos. Arrisca-se e nunca se perde. Porque ela é grande e forte e imbatível.
Quando existe.
Só me resta atravessar a ponte suspensa e rezar (se é que ainda o sei fazer) para não colocar o pé em falso.
Imagem: aqui