Tenho cá dentro um vazio tão grande e tão fundo
Que é quase tão denso como um rio, tão largo como o mundo.
Tenho na alma uma dor que é tão fria e tão crua
Que lágrimas o meu olho não cria, não arranco os olhos da rua.
Tenho no peito uma tristeza, tenho no coração uma falta
Tenho a minha força sobre a mesa, tenho a minha coragem fora da ribalta.
Se um dia voltares para mim e souberes como preencher esta cratera
Juro, prometo que vai ser o fim, e nada, nunca mais será aquilo que era.
(Lolita, 10/11/2012)