Lá ao longe, por entre o aroma intenso da linha do comboio, que não sei a que cheira, mas que cheira como nada mais, vejo-te voltar.
Nas costas trazes verde, de esperança, de liberdade, de força que tens e que eu só sei invejar. Nada mais senão invejar.
Quero que voltes e vejo-te voltar. Mas quando chegas trazes o mundo e eu não o quero suportar.
Depois partes de novo, e voltas, e partes e voltas como se nada mais fizesses senão ir e voltar.
terça-feira, julho 30, 2013
Lutar pelos meus sonhos
Vou e venho numa maré de águas turvas, num monte de folhas mudas, que alguém se esqueceu de apanhar.
Vou e venho, numa rotina de engrenagens perras, num rodopio de viagens negras, onde nunca quis ingressar.
Vou e venho, escapando escassa ao vento, fugindo de qualquer tormento, mas sempre com vontade de voltar.
Vou e venho, e vou, e venho, como se ir e vir fossem palavras esquecidas, que alguém se esqueceu de apagar.
E fico, num limbo de fumo verde, afogada em medos e desalentos, com vontade de voltar
E parto, com as costas carregadas de prantos, as mãos inteiras de espantos, como se não pudesse ficar
Então olho, e atrás de mim uma vida perdida, uma nuvem inteira de vida, um espraio de caminhos medonhos
E continuo, porque nada me vai impedir, nada me vai demitir de lutar pelos meus sonhos.
Vou e venho, numa rotina de engrenagens perras, num rodopio de viagens negras, onde nunca quis ingressar.
Vou e venho, escapando escassa ao vento, fugindo de qualquer tormento, mas sempre com vontade de voltar.
Vou e venho, e vou, e venho, como se ir e vir fossem palavras esquecidas, que alguém se esqueceu de apagar.
E fico, num limbo de fumo verde, afogada em medos e desalentos, com vontade de voltar
E parto, com as costas carregadas de prantos, as mãos inteiras de espantos, como se não pudesse ficar
Então olho, e atrás de mim uma vida perdida, uma nuvem inteira de vida, um espraio de caminhos medonhos
E continuo, porque nada me vai impedir, nada me vai demitir de lutar pelos meus sonhos.