quarta-feira, setembro 26, 2007

De vez em quando... as surpresas...

De vez em quando a vida corre bem.
Os dias são felizes e há surpresas.

Surpresas boas. Nao daquelas que eu não gosto. Não daquelas que fazem temer. Nem daquelas que me fazem querer desvendá-las antes do tempo.

Porque as surpresas devem esperar. Devem vir no momento certo. Devem ser sempre boas. E, acima de tudo, devem ser merecidas.

De vez em quando são as surpresas que mudam a vida. Quando menos esperamos, quando não planeamos e quando nos deixamos levar.

As surpresas são adoradas por muitos. Mas também há quem as odeie.

Eu gosto de as ter, mas só passo a gostar delas depois de as conhecer.
É que de vez em quando não gosto de sofrer. Deixo de suportar sofrer. Deixo de conseguir viver a sofrer.

Sofrer na ânsia é a pior surpresa que nos podem reservar. Porque sofrer é mau. E uma surpresa má é sempre uma má surpresa.

Por isso só gosto de surpresas boas.

E hoje sinto-me feliz porque tive uma boa surpresa.

Será que o desenrolar será mesmo bom?

Resta-me esperar...

É que de vez em quando, também gosto de ser feliz. Nem que seja por um instante. Nem que seja por um momento. Momento em que a surpresa ainda dura.

domingo, setembro 16, 2007

Vingança


Há quem diga que se deve servir fria. Gelada. Num prato redondo e camuflado para que entre pela boca e corroa o nosso interior com feridas profundas e crónicas.

Todos temos sede dela. Mas nem todos a conseguimos administrar.

Todos um dia a sofremos. Todos um dia temos vontade de a usar.

Mas nem todos o fazemos.

Tenho vontade e tenho razões para me vingar.

Dei muito de mim a quem não o quis aproveitar.

Confiei em quem me traiu.

Mas será isso um motivo para magoar tão ou mais profundamente aquele que mo fez?

Não.

Resumo-o à mais ínfima partícula. Ao mínimo significado. Àquilo que jamais será para mim.

Dar mais de mim?

Nunca mais.

Talvez se contente com um sorriso forçado, uma palavra sincera.

Mas nunca comigo.

Eu jamais me darei a quem me traiu.

Essa é a maior vingança que se pode dar.

domingo, setembro 09, 2007

Nós para Sempre

Quatro anos depois

Vejo a vida a seguir em frente, vejo o passado a andar para trás.
Vejo sorrisos em gente diferente e vejo aquilo que o mundo lhes faz.
Vejo-te a ti e a mim, vejo aquilo que criamos juntos,
Vejo ventos perdidos, vejo problemas defuntos...
Porque contigo eu sou eu.
Porque comigo tu és tu.
E eu sou nós.
Nós para sempre.
Um sempre infinito.
Um sempre sem fim.