Os dias no Público são assim...
Alegres e tristes
Stressantes e monótonos.
Estranhos e ao mesmo tempo familiares.
Assustadores e ao mesmo tempo aliciantes.
É apenas a quinta vez que entro nesta redacção, me sento nesta cadeira e olho toda esta gente. É incrível como, de repente, passamos do oito ao oitenta ou do cem ao zero. Um dia pode vestir-se de amarelo, verde ou azul. Dão-me uma fotolegenda de reciclagem e dizem que gostaram do meu texto. Dizem-me que tenho que apanhar um táxi e encho-me de coragem para o fazer. Saio às 21h da redacção exausta, de rastos mas cheia de alegria. Senti-me útil e eficaz mesmo que a cerca de 1h de conversa com duas pessoas importantes apenas tenha cabido em 600 caracteres de texto.
Utilidade.
Palavra que passou a fazer parte do meu léxico pessoal nos últimos dias. Sentir-me útil, nem que seja para mil caracteres num jornal de 35 páginas é ultimamente a maior felicidade que me podem dar.
Nem que, para isso, tenha que lutar contra o stress, desesperar de tédio, procurar fazer o melhor e acabar por sair o pior... mas fazer!
Seja o que for... fazer!