Há muito que não escrevo. Há muito que não choro em palavras sentimentos tristes e alegres. Há muito que não sai de mim o muito que há cá dentro, o muito que me prende ao passado, à dor que não passou, à saudade que aperta. Já falo de ti, já nem sempre choro ao falar de ti. Agora, em vez da dor, a saudade ocupou o espaço vazio, os momentos mortos, a tua falta. A falta que me fazes.
Hoje falam-me em destino. Estaria escrito? Se alguém o escreveu numa folha de papel, na parede ou no céu, não sei. Prefiro não saber. Porque quem o fez devia querer-te mal a ti.
Se me queria mal a mim? Não sei. Não creio. Sinais do tempo, da lua e da luz dizem-me que não devo dizer mal do destino, que não hei-de amaldiçoar aquilo que ele me reservou. É verdade.
Mas deixem-me só e simplesmente não pensar nele. E só em ti.
Porque contigo levaste um pouco do muito de mim.
1 comentários:
Compreendo tão bem o que tentas deixar aqui nestas palavras.
Revolta mas ao mesmo tempo aceitas esta partida do destino.
Há coisas que não saberemos entender nunca. Uma delas é quando nos levam assim seres especiais.
Força Cris. Estou, como sempre, a torcer por ti.
Beijinho*
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