segunda-feira, setembro 21, 2009

Livro da vida



Um ano se vai passando, ocupado e inteiro, repleto de experiências que se eternizam no livro vida. Um dia, sei que para elas olharei com mera recordação. Para já ainda o faço com dor, com melancolia, com vontade de as apagar da memória com um apagador de giz ou um corrector de tinta branca como aqueles que usávamos na escola primária, mesmo que a professora proibisse.
Depois, surgiram os outros, a inovação, aqueles que apenas deixavam uma faixa branca de tinta autocolante.
Hoje é duro apagar as palavras que vamos redigindo nas páginas do livro da vida. Porque não queremos, porque não podemos. Porque não nos deixam, enfim.
Será pedir demais que te dê a minha caneta de cor invisível e com ela escrevas uma nova página no livro da minha vida? Vá lá. Só uma. Não custa nada e até podes fazer letra grande. Bem grande. Para que eu não me esqueça de a ler. Para que eu nunca a possa esquecer. Será que não mereço?
Prometo que, se assim for, numa chantagem doce e amarga, tudo farei para apagar aquilo que de mau teve que acontecer.

1 comentários:

Sandrinha disse...

Ctg n existirão folhas brancas. Porque és das pessoas mais determinadas que conheço. E como lutas diariamente por algo k keres ou por algo k acreditas, nunca terás páginas brancas.

Terás as essenciais como qualqer um de nós.

Sei que já escrevemos muito no livro uma da outra. Sem caneta, com letra grande ou pequena.

Acredita que muitas vezes "leio" essas páginas. Com muitas saudades e com um pingo de tristeza por não poder estar mais presente nessa altura.
E quando acabo de ler fica a certeza de que há páginas que nunca nos esqueceremos de "ler", independentemente do tamanho da letra.

E essas guardamos no lugazinho mais especial que temos: no coração.

Beijinho gd*