segunda-feira, janeiro 03, 2011

2011, enquanto te abraço

Bate a meia noite e as palavras são as mesmas. Os sorrisos os mesmos. A euforia de sempre. Os olhares têm emoção e há beijos apaixonados, abraços emocionados, desejos mais ou menos sentidos.
Enquanto te abraço com a força que só o amor tem, nem sei se acredito no que não te digo. Nem sei se penso no que sinto. Nem sei se devo ou não formular um desejo.
Enquanto te abraço e o mundo à volta deixa de fazer sentido, nem sei se devo dizê-lo, nem sei se deixo que o silêncio fale por mim.
Enquanto te abraço e deixo de te olhar nos olhos por instantes, passo em flashback quase tão rápido como falo os momentos que passei contigo em dias idênticos, que passam e se repetem vezes sem conta, anos sem fim.
Enquanto te abraço e o mundo pára, a contagem decrescente fala por mim, antecipa o fim de um ano velho e mau, despede-se de dias únicos e prepara o nascer de um novo amanhã.
Enquanto te abraço quase que acredito que amanhã será melhor, quase que sou imensa de alegria e esperança, quase que sei que vale a pena esperar e desejar.
Mas depois, quando te afastas e os espumantes estalam, quando os gritos e o barulho invadem o ambiente e a minha alma, também o meu coração deixa de acreditar, também a mente se perdem em viagens, também a razão chega e me pede para não desejar nada. Não querer nada. Não acreditar em nada.

2 comentários:

José Carlos Cidade disse...

Amiga, maisuma vez, sublime.
Mas, tem que acreditar num futuro, amanhã, melhor....
Parabéns

Sandrinha disse...

Acredita nas coisa boas, Cris. Sei que nem sempre é fácil mas tenta acreditar.

Estou e estarei sempre a torcer por ti*
Beijinhos