Tenho em mim sonhos adormecidos, desejos esquecidos, anseios escondidos.
Tenho-os aqui perdidos, como pássaros desprendidos, como gritos não ouvidos e passeios destemidos.
Tenho em mim palavras não ditas, frases não escritas e tantas memórias não descritas.
Que às vezes penso que me engano, às vezes quase que esgano a vontade de as agarrar.
São sonhos que adio, são vidas que não crio, paixões que não deixo voar.
São partes de mim que mato aos bocados, que desfaço em pedaços e prefiro não lembrar.
De mim sobra uma réstea de ambição, uma memória de paixão, uma esperança no chão,
De mim sou só eu e elas, que atiro pelas janelas, na certeza de que jamais voltarão.
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