Escrito em Denia, 23 de Agosto de 2003
Escreve assim a Margarida Rebelo Pinto naquele livro que devorei em dois ou três dias: "São sempre infinitas as formas que encontramos para ficar mais perto daqueles que amamos".
Na verdade, dou muitas vezes por mim submersa no mar da imaginação, nesse onde não há ondas, nem rochas, nem algas, nem marés vivas; nesse onde te invento e te vejo sempre, a correr em direcção a ele...
Nesse mar, onde a água se encontra sempre à temperatura natural dos nossos corpos, onde, estejas a que altura estiveres, vês sempre o fundo, mergulhado na transparência cristalina da perfeição, vivemos só nós, eu e tu, num sossego que desafia o perfeito.
E aí somos felizes, à nossa maneira, que ainda não conseguimos decifrar qual é.
Por isso é que te digo todos os dias, que apesar da distância que nos separa, há um lugar algures no vácuo da minha alma, onde temos encontro marcado a todos os segundos do dia.
É também por isso que estou sempre sem estar, sempre presente estando ausente, porque ainda não cheguei ao ponto da omnipresência de maneira a poder estar, efectivamente, de corpo e alma, aqui e aí.
Há muito tempo que me convenci de que nunca mais faria planos, porque não os podemos fazer! Não depende em nada de nós o que vai acontecer amanhã e quanto mais alto subirmos, maior será o tombo. "O voo é inseparável da queda, tal como a luz da sombra e o sonho da realidade."
Mas mesmo assim, gosto de mergulhar todos os dias de cabeça nesse mar, mesmo sabendo que pode vir uma tempestade.
Sempre fui assim, destemida no mar. Sempre fui uma sonhadora nata, adorava imaginar uma vida perfeita que afinal nunca cheguei a ter. E depois de tantas quedas, as minhas asas não resistiram e perdia-as para sempre, bem como a força para as recuperar.
Até que apareceste tu. Trazias-me os olhos brilhantes e o sorriso lindo como sempre. Ofereceste-me umas novas asas, desta vez mais fortes que me dão a segurança necessária. E uma coisa te garanto, se nunca mas voltares a tirar, nunca mais me apanhas no chão! Vou querer voar e voar, sempre cada vez mais alto, porque tu devolveste o sentido ao sonho e é aí que quero viver sempre, para nunca mais acordar.
Sabes, meu amor, se não há distância que separe o nosso coração, muito menos haverá distância que separe o mar do céu, que não passa de um reflexo deste, tal como o meu coração é espelho do teu.
Escreve assim a Margarida Rebelo Pinto naquele livro que devorei em dois ou três dias: "São sempre infinitas as formas que encontramos para ficar mais perto daqueles que amamos".
Na verdade, dou muitas vezes por mim submersa no mar da imaginação, nesse onde não há ondas, nem rochas, nem algas, nem marés vivas; nesse onde te invento e te vejo sempre, a correr em direcção a ele...
Nesse mar, onde a água se encontra sempre à temperatura natural dos nossos corpos, onde, estejas a que altura estiveres, vês sempre o fundo, mergulhado na transparência cristalina da perfeição, vivemos só nós, eu e tu, num sossego que desafia o perfeito.
E aí somos felizes, à nossa maneira, que ainda não conseguimos decifrar qual é.
Por isso é que te digo todos os dias, que apesar da distância que nos separa, há um lugar algures no vácuo da minha alma, onde temos encontro marcado a todos os segundos do dia.
É também por isso que estou sempre sem estar, sempre presente estando ausente, porque ainda não cheguei ao ponto da omnipresência de maneira a poder estar, efectivamente, de corpo e alma, aqui e aí.
Há muito tempo que me convenci de que nunca mais faria planos, porque não os podemos fazer! Não depende em nada de nós o que vai acontecer amanhã e quanto mais alto subirmos, maior será o tombo. "O voo é inseparável da queda, tal como a luz da sombra e o sonho da realidade."
Mas mesmo assim, gosto de mergulhar todos os dias de cabeça nesse mar, mesmo sabendo que pode vir uma tempestade.
Sempre fui assim, destemida no mar. Sempre fui uma sonhadora nata, adorava imaginar uma vida perfeita que afinal nunca cheguei a ter. E depois de tantas quedas, as minhas asas não resistiram e perdia-as para sempre, bem como a força para as recuperar.
Até que apareceste tu. Trazias-me os olhos brilhantes e o sorriso lindo como sempre. Ofereceste-me umas novas asas, desta vez mais fortes que me dão a segurança necessária. E uma coisa te garanto, se nunca mas voltares a tirar, nunca mais me apanhas no chão! Vou querer voar e voar, sempre cada vez mais alto, porque tu devolveste o sentido ao sonho e é aí que quero viver sempre, para nunca mais acordar.
Sabes, meu amor, se não há distância que separe o nosso coração, muito menos haverá distância que separe o mar do céu, que não passa de um reflexo deste, tal como o meu coração é espelho do teu.