sábado, junho 04, 2005

Força

A monotonia dos dias por vezes é tal que nos leva a pensar que termo havemos de escolher para qualificar a nossa vida. Pedimos algo de diferente, mas os dias continuam a repetir-se em passos inseguros mas sempre iguais.
Passam-se meses que se vêem ao espelho; dias que não fazem nada senão igualarem-se; horas que se deixam cair gota a gota qual temporizador preguiçoso.
Deixam-nos cair na inércia, na preguicite de momentos que elevamos ao extremo da vulgaridade.
Porém, é quando menos esperamos que o tempo nos dá motivos para amar esses dias.
Quando estamos sós, quando parece que todo o mundo se esquece de que existimos e quando até a nossa própria vida não cessa de nos fazer correr em busca de algo que nem nós próprios sabemos bem o quê.
Talvez tudo isto seja demasiado abstracto, mas seria demasiado íntimo se o conseguisse concretizar.
Estou farta, cansada e só...
Rodeada de todos, rodeada por mim, cheia de horizontes, preenchida por caminhos.
Mas falta-me a força para seguir em frente, para não desfalecer, para enfrentar o duro caminho que me espera.
Quero encontrá-la, carregá-la e, por fim, dispará-la contra esse alvo que almejo alcançar num tempo que para mim é eterno.


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