Precipitamo-nos todos na direcção do lugar que nos dará maior grau de adrenalina.
Descem as protecções de segurança e alguém vem confirmar se estão realmente cerradas.
O vento começa a bater-nos na cara, sentimos a pressão que nos empurra para baixo e então recordamo-nos da placa que desaconselhava o embarque a cardíacos.
Arrependemo-nos .
Mas já é tarde demais.
Já lá estamos dentro e não somos os únicos.
A subida é lenta, mas em breve precipitamo-nos para um abismo que não podemos ver porque a velocidade é tanta que parece golpear-nos os olhos à navalha. O coração bate mas às vezes parece que quer parar.
Sobe e desce o comboio, mas curiosamente a subida é sempre mais lenta do que a descida. E se queremos lá ficar em cima para apreciar a altitude e a sensação de superioridade, então é tarde demais porque logo descemos numa loucura que nem nós conseguimos controlar.
Vamos todos. Mas apenas alguns voltam...
Voltam os mais fortes...
São sempre esses os que ganham,
A força e a coragem do carrossel da vida.