sábado, maio 20, 2006

Carrossel da Vida

Soa a campainha.
Precipitamo-nos todos na direcção do lugar que nos dará maior grau de adrenalina.
Descem as protecções de segurança e alguém vem confirmar se estão realmente cerradas.
O vento começa a bater-nos na cara, sentimos a pressão que nos empurra para baixo e então recordamo-nos da placa que desaconselhava o embarque a cardíacos.
Arrependemo-nos .
Mas já é tarde demais.
Já lá estamos dentro e não somos os únicos.
A subida é lenta, mas em breve precipitamo-nos para um abismo que não podemos ver porque a velocidade é tanta que parece golpear-nos os olhos à navalha. O coração bate mas às vezes parece que quer parar.
Sobe e desce o comboio, mas curiosamente a subida é sempre mais lenta do que a descida. E se queremos lá ficar em cima para apreciar a altitude e a sensação de superioridade, então é tarde demais porque logo descemos numa loucura que nem nós conseguimos controlar.
Vamos todos. Mas apenas alguns voltam...
Voltam os mais fortes...
São sempre esses os que ganham,
A força e a coragem do carrossel da vida.

1 comentários:

A voz disse...

Se calhar vem daí o meu pavor pelas montanhas russas...o meu pavor das subidas e descidas repentinas, sem que tenhamos tempo para perceber o que realmente se passou...mas tal como numa montanha russa por muito que queiramos não dá para parar a meio(bem tirando algumas excepções)por isso a única solução é continuar e tentar desfrutar ao máximo da viagem, mesmo que por vezes ela se torne incontrolável e talvez mesmo insuportável***



Bjinhs gds e cuidado não vás ser acusada de plágio =) ich liebe dich meine kleine salamandra