domingo, maio 14, 2006

Asas


Hoje perdi as asas.
Já não posso nem sei voar.
Aterrei aqui onde já só existo eu
E a incerteza do dia que há-de chegar.

Olhas-me nesse sorriso belo e vago. Soltas as tuas asas, ensinas-me a voar. Mas o mundo continua triste visto de cima. Uma mancha lacrimosa caiu sobre ele e escorre sobre mim.
Caio e reconheço que nada me resta senão esperar.
Esperar no desespero de perder a liberdade de planar sobre tudo e sobre todos.
Menos sobre ti...

Sorriso belo,
Sorriso vago.

1 comentários:

A voz disse...

“Asas servem para voar
Para sonhar ou para planar
Visitar, espreitar, espiar
Mil casas do ar

As asas não se vão cortar
Asas são para combater
Num lugar infinito, num vácuo
Para respirar o ar

As asas são para proteger
Te pintar, não te esquecer
Visitar-te, olhar, espreitar-te
Bem alto do ar

Só quando quiseres pousar
Da paixão que te roer
É um amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer”

Os teus posts têm o dom de me deixar com um nó na garganta...apesar de tudo isso nunca deixes de voar****