Então o teu céu torna-se escuro, as nuvens movem-se na imensidão do tempo e o sol foge com medo de ti.
Nesses dias, tudo tem medo de ti. Até tu própria. Medo se seres quem és, medo de veres quem és, medo do que possas fazer e medo do que possas ser.
Nesses dias escuros, quando tens medo e queres chorar, quando queres fugir e regressar, quando queres um guarda-chuva para te abrigar, apenas te restas tu.
Olha que maçada! Mas tu estás com medo. O dia é escuro e tu temes o breu.
Se a tua mãe cá estivesse acendiamos uma vela e contavamos histórias dos velhos tempos, quando a luz não passava nas correntes da tua humilde terra. Ou então jogavamos ao STOP, em volta da lareira da sala, que aquece sempre tudo: a casa, a família, o coração.
Bolas... Há dias em que chove, em que tens medo, em que não há luz e em que não tens lareira.
Esses sim, são os dias mais tristes.
2 comentários:
Sei o que são esses dias tristes...a chuva envolve-nos e molha-nos mesmo estando abrigados...O espaço em que nos encontramos torna-se enorme, insuportável e a escuridão vai surgindo...
Era bom que tudo se resolvesse tão facilmente...pior é quando já nem a lareira e o aconchego do lar nos consegue aquecer e aí sentimos que estamos realmente sós...
Tristes, frios, cinzentos...a sensação mais horrível qd a xuva te molha os pés e permaneces cm eles assim horas a fio...ja não controlas a sensação de irritação, desagradável...só...o único abrigo que tens são os amigos...mas mesmo assim te sentes infinitamente molhado...Porquê? Porque nem tudo na vida é sol...nem tudo é doce!
Um beijinho enorme...belo texto!
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