Ando triste.
Cheguei a casa na passada sexta-feira e o meu "pequeno Leo" como sempre lhe chamo, olhava-me do lado de dentro da porta.
Sorri imediatamente. Uma alegria incondicional apoderou-se de mim. Mas a duração foi tão escassa e tão fina que, por momentos, tenho a certeza que o meu coração parou.
No dia anterior tinha-o achado doente. Parti com tristeza porque sentia-o a sofrer e sem capacidade de se queixar.
O que mais dói quando nos apaixonamos por um animal é vê-lo sofrer. Principalmente porque são tão nossos amigos, tão companheiros que, quando ficam doentes, não são capazes de se queixar.
Nos olhos dele via lágrimas e tristeza.
Apetecia-me chorar, mas dizem-me que eles precisam da nossa força.
Na semana anterior, devido ao enorme coração do meu namorado, vivi um dos episódios mais marcantes de toda a minha vida. E foi com um animal. O pequeno cão agoniava no meio da estrada. O Daniel pegou nele e levou-o ao veterinário. Não havia nada a fazer. O sofrimento era demasiado para lutar pela vida dele.
Paguei. E ele morreu.
Só te peço, meu Leo:
Não me deixes sozinha.