Há dias perguntou-me o meu pai: "Tens actualizado o teu blogue?"
A resposta foi penosa.
És um espaço onde desabafo, onde dou aso à minha imaginação, onde escrevo aquilo que quero e até aquilo que não posso.
A vida deu-me espaços. Deu-me liberdade. Mas uma liberdade condicional.
Vivo para escrever e a escrita é o meu dia-a-dia, a minha linguagem-mãe.
É a escrever que comunico ao mundo aquilo que vejo. Aquilo que quero que os outros vejam à minha maneira. A escrita é a minha forma de impôr ao mundo a forma como quero que eles o vejam.
E quando escrevo, mando.
Quando escrevo sou soberana, mesmo que lá no fundo queira que me ignorem, que me anulem à minha pequena ignorância, ao meu não saber, à minha pequenez.
No fundo sou pequena. Mas na escrita encontro o altar onde acho que me posso elevar.
Mesmo que em momentos de lucidez tenha noção de que não sou aquilo que quero ser, de que não sei aquilo que quero ser, de que não...
"Não pai. Não escrevo há muito tempo. Prefiro escrever num jornal onde, pelo menos, tenho a certeza de que alguém me lê. Nem que seja apenas o editor".
2 comentários:
hey... tava lendo seu blog, interessante suas reflexões...
também odeio pensar que escrevo para ninguém ler, mas mesmo assim continuo... escrever desabafa, alivia ;)
Cris, foste injusta. Eu venho cá muitas e muitas vezes.
mesmo quando não deixo comentários.
mesmo quando não actualizas o blogue.
Porque a tua escrita faz parte da minha vida, do que me faz feliz.
Adoro o teu blogue, é tudo o que te posso dizer quando as palavras não dão para mais. porque ao contrário de ti, eu não sou a Deusa da escrita.
Gostei da nova cara.
Conta sempre com a minha visita.
Beijinho******
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