quarta-feira, dezembro 27, 2006
Não Consigo
Devia ver-te, diz-me a consciência.
Devia ter a oportunidade de te dizer adeus ou simplesmente um olá, quem sabe.
Devia sorrir para ti, pegar-te na mão ténue e dizer-te "estou aqui".
Mas não consigo.
Sei que se te visse, não te veria a ti, mas a algo que de ti se tomou.
Sei que se te enfrentasse dar-te-ia a parte mais fraca de mim, aquilo que até o tempo te roubou.
Sei que se te olhasse seria pela última vez.
E não consigo.
Apodera-se de mim a cobardia dos que perdem a coragem
Perco tudo aquilo que nos ensinou que a vida é, de facto, uma passagem.
Fazes-me pensar que tudo pode escapar-nos pelos dedos, pode roer-nos a corda do destino, pode roubar-nos a felicidade, a riqueza, a família e a nós mesmos.
Não consigo.
Imagino aquilo que já não és.
Sonho com aquilo que de ti conheci.
Mas não consigo despedir-me de ti.
domingo, dezembro 24, 2006
O Homem dos Sete Instrumentos
Feliz Natal para todos
quinta-feira, dezembro 21, 2006
Porque é Natal
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Uma janela aberta
domingo, novembro 26, 2006
A vida é um lugar estranho
segunda-feira, novembro 13, 2006
Olhos que não vêem
sábado, novembro 04, 2006
Sonho mau
Já passou...
(aumenta o volume)
Duermete pronto mi amor
Que la noche ya llego
Y cierra tus ojos que yo
De tus sueños cuidare
Siempre a tu lado estare
Y tu guardian yo sere
Toda la vida
Si un dia te sientes mal
Yo de bien te llenare
Y aunque muy lejos tu estes
Yo a tu sombra cuidare
Siempre a tu lado estare
Y tu guardian yo sere
Toda la vida
Esta noche te prometo que no vendran
Ni dragones ni fantasmas a molestar
Y en la puerta de tus sueños yo voy a estar
Hasta que tus ojos vuelvan a abrir
Duermete mi amor sueña con mi voz
Duermete mi amor hasta que salga el sol
Duermete mi amor sueña con mi voz
Duermete mi amor que aqui estare yo
Esta noche te prometo que no vendran
Ni dragones ni fantasmas a molestar
Y en la puerta de tus sueños yo voy a estar
Hasta que tus ojos vuelvan a abrir
Duermete mi amor sueña con mi voz
Duermete mi amor hasta que salga el sol
Duermete mi amor sueña con mi voz
Duermete mi amor que aqui estare yo
(Juanes)
As palavras, às vezes, são tão efémeras....
sábado, outubro 28, 2006
Abriram-se as portas
domingo, outubro 22, 2006
Cara Nova
quarta-feira, outubro 18, 2006
Dias tristes
domingo, outubro 08, 2006
Ignorem-me
sábado, setembro 30, 2006
Um sonho tornado real
Foi um dia, quando os meus sábados de manhã ainda não eram perfeitos, quando juntava a minha voz a dezenas delas na Academia que me ensinou a amar a música, que o Cats entrou na minha vida.
"- Tenho uma nova música para vocês". As notas entoavam algo como "Oh, well, I never was there ever a cat so clever as magical Mr Mistoffeles..."
A primeira vez que assisti ao espectáculo foi pela TV, dias mais tarde, como se o destino me estivesse a apontar pistas para aquele que seria o mais fabuloso climax de música e dança a que alguma vez poderia assistir.
O sonho nasceu na utopia de o encontrar no West End (New London Theatre). A impossibilidade de o concretizar confirmar-me-ia o facto de ser apenas mais uma fantasia.
Mas, como sempre me ensinaram, quando Deus nos fecha uma porta, abre-nos algures uma janela. E a brisa chegaria no dia 14 de Setembro de 2006, ao Coliseu do Porto.
sábado, setembro 23, 2006
Tempo
Batem relógios no raiar dos dias,
Por cada batida novas fantasias.
Loucas palavras, luzes cor de mel,
E Ventos que trazem nuvens de papel.
Diz-me o que hei-de eu fazer,
Sinto no tempo o meu tempo a morrer.
Quanto mais longe, mais perto de ti.
Vozes ao longe chamam por min,
Cantigas, magia, passos de arlequim.
Estrelas cadentes na palma da mão,
Milagres, duendes, rasgos de paixão.
Diz-me o que hei-de eu fazer,
Sinto no tempo o meu tempo a morrer.
Quanto mais longe, mais perto de ti.
Ouço os segredos do fundo do mar,
Barcos perdidos, sereias a cantar.
Trago o teu nome escrito no peito,
Volta para mim, faz teu o meu leito.
Diz-me o que hei-de eu fazer,
Sinto no tempo o meu tempo a morrer.
Quanto mais longe, mais perto de ti.
sábado, setembro 09, 2006
Um lugar para recordar
Sei que não quero partir
Mas sei que onde chegar
Tenho a esperança que hei-de encontrar
Um lugar seguro para recordar.
segunda-feira, setembro 04, 2006
Frio no Coração
Há um frio que me rasga com a força de um punhal
Há um arrepio, um gélido suspiro carnal
Lá fora, o vento sopra quente,
Há um bafo de verão
Cá dentro, bate calado e frio o meu coração
A vida desfila perante a escuridão dos olhos que não consigo ver
Os sorrisos que tive, os risos que sustive estão prestes a desaparecer
Há lágrimas e suor,
Saudades e recordações que se atropelam com ardor
O bom da vida aparece a preto e branco no filme que gravo ao longo do tempo
As imagens ressaltam o meu pensamento
Faz calor lá fora
Desejo que esta luz nunca se apague, este sol nunca pare de me aquecer os dias ternos
Almejo que estes tempos para mim sejam eternos
O tempo escurece, a lua aparece
O termómetro ainda esquenta a pele queimada e partida
O choque térmico dá-se agora,
Quando tudo dorme excepto o meu coração ferido,
O meu futuro sentido,
A ânsia de que nunca chegue.
Fecho a janela,
Faz frio no meu coração.
quinta-feira, agosto 31, 2006
Conto de Fadas
segunda-feira, agosto 21, 2006
Antropologicamente Falando
sexta-feira, agosto 18, 2006
Recordando...
Para tu amor
Juanes
Para tu amor lo tengo todo
Desde mi sangre hasta la esencia de mi ser
Y para tu amor que es mi tesoro
Tengo mi vida toda entera a tus pies
Y tengo también
Un corazón que se muere por dar amor
Y que no conoce el fin
Un corazón que late por vos
Para tu amor no hay despedidas
Para tu amor yo solo tengo eternidad
Y para tu amor que me ilumina
Tengo una luna, un arco iris y un clavel
Y tengo también
Un corazón que se muere por dar amor
Y que no conoce fin
Un corazón que late por vos
Por eso yo te quiero tanto que no sé como
explicar lo
Que siento
Yo te quiero porque tu dolor es mi dolor
Y no hay dudas
Yo te quiero con el alma y con el corazón
te venero
hoy y siempre gracias yo te doy a ti mi amor
por existir
para tu amor lo tengo todo
lo tengo lodo y lo que no tengo también
lo conseguiré
para tu amor que es mi tesoro
Tengo mi vida toda entera a tus pies
Y tengo también...
domingo, agosto 13, 2006
Tears and Rain
Aqui os dias são perfeitos, coroados de sol e luz, sal e calor.
sexta-feira, julho 28, 2006
Sede
quinta-feira, julho 20, 2006
Pensamentos de Férias
terça-feira, julho 18, 2006
Chegou o Fim
Hoje vesti-me de negro para Te agradecer.
quinta-feira, julho 13, 2006
Tudo se paga neste mundo
Chegaste dentro duma caixinha de sapatos que nunca sonhei abraçar. Pequeno, indefeso mas acima de tudo... lindo. De uma beleza que desafia a perfeição da Natureza. Exististe e começaste desde logo a fazer parte da minha vida, dos meus dias que agora são mais alegres porque os posso partilhar contigo.
sábado, julho 08, 2006
Só mais uma vez
Ser quem nunca fui. Ser eu pela única vez na vida em que mo permitem sê-lo.
Hoje soltaram-me as amarras da metáfora que me prendia à vida.
O relógio torna a andar, os segundos giram no frenesim dinâmico das horas que para mim já não passam. E se passarem sei que voltam a vir...
Nada mais me importa porque hoje eu sou livre.
Hoje eu sou eu...
Solto as minhas asas e preparo-me para voar.
Abro então a janela que me prende aqui e mentalizo-me para o impulso final.
Sei que quando cair nessa pureza infinita serei apenas eu e os meus medos, eu e apenas eu na certeza de que me tenho unicamente a mim.
Aperto firme o coração contra o peito, elevo um pé, depois o outro e...
- Cristiana, filha... São horas de acordar...
- Já vou mãe, deixa-me sonhar só mais um bocadinho, só mais uma vez...
quarta-feira, junho 21, 2006
quinta-feira, junho 15, 2006
Epicentro no Coração
A minha porta fechou-se aqui. Fechaste-a atrás de ti,
Tempo passado...
Saudade que me aperta a dor que bate cá dentro.
Recordação dos momentos de alegria que partilhavamos.
Tristeza que palpita em momentos de agonia.
Que vêm e vão como os barcos...
Vejo-vos partirem e espero ansiosa como a noiva do marinheiro.
Viúva precoce, futuro que não virá...
Turbilhão de pensamentos que me atraiçoam a mente.
Felicidade que tenho mas que por vezes vive camuflada na insensatez do dia que não passa...
Tudo isto me bate aqui como um tremor...
Que abana, abala, mas não quebra.
Que tem o seu epicentro aqui... no meu coração.
sábado, maio 20, 2006
Carrossel da Vida
domingo, maio 14, 2006
Asas
Sorriso belo,
Sorriso vago.
sábado, abril 01, 2006
segunda-feira, março 20, 2006
"Não sabemos de nada"
quarta-feira, março 15, 2006
Não te disse Adeus
Choro.
Quero sair mas uma força agarra-me e impede-me de transpor essa barreira que me afasta agora para bem longe.
Choro.
Todos me olham e sinto vontade de chorar ainda mais, de deixar de prender os soluços que ameaçam sufocar-me. Fecho os olhos e vejo-te chegar, procurar-me, imaginar o que terá acontecido, o que terá a vida reservado para nós. Hoje ela decidiu separar-nos com a espada cruel de não nos dar sequer o amparo da despedida.
Choro.
Sei que voltarei em sentido oposto. Sei que vou sorrir ao olhar a paisagem da janela e ao ver-te acenar-me, os teus olhos risonhos recebendo-me de volta.
Mas enquanto isso, lamento a partida sem a doçura do adeus que hoje me empurra no tempo de volta para aquele momento em que não me viste partir.
segunda-feira, março 06, 2006
Taras e Manias
Embora já tenha sido desafiada há bastante tempo, só hoje senti capacidade de comunicar ao mundo algumas "manias" que me possam tornar de alguma forma diferente do restante comum dos mortais. Desde já agradeço a quem de mim se lembrou, deixando claro que o atraso não terá sido jamais por negligência.
Regulamento: "Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."
1ª Mania: Falar rápido. E de tal forma que se torna incontrolável. Sei que sou prejudicada por isso, principalmente porque há alturas em que nem eu própria sou capaz de entender o que digo. Não se trata de qualquer deficiência ou deslexia, mas alguém me construiu assim. Por outro lado, já ouvi comentários de que esta "mania" (se é que assim pode ser considerada) acaba por influênciar aqueles que convivem comigo frequentemente que, além de se habituarem a raciocinar a mil à hora para compreender a minha linguagem, acabam por começar a produzir as palavras com a mesma rapidez. Parece impossível, mas raramente consigo controlar...
2ª Mania: As doenças. Pode ser uma simples picada de mosquito, um alimento menos aceitável pelo meu estômago ou a minha cabeça que sentiu necessidade de me "chatear". Vou morrer, não duro mais do que um mês... Enfim... (Ao menos desta tomo consciência)
3ª Mania: Cumprir horários. Não consigo viver com calma nem muito menos entender os que o fazem. Compromisso é compromisso mesmo para a situação mais insignificante. Horas foram feitas para ser cumpridas e se eu acordo com tempo para fazer tudo o planeado para esse dia, porque é que tenho que alterar os meus planos devido ao atraso dos outros? Não aceito ter que depender das "incompetências" dos restantes, principalmente quando me esforço por cumprir uma hora estabelecida e sou a única a fazê-lo!
4ª Mania: Pastilhas Elásticas. São a minha salvação em qualquer que seja o momento. Não passo sem elas. Ajudam-me à digestão (lá está a consonância com a 2ª Mania), a amparar o stress, a ocupar o tempo ou simplesmente a exercitar o maxilar...
quinta-feira, março 02, 2006
"Bom dia, Boa tarde e Boa noite"
Pessoas que, tal como eu, sobrevivem a mais um dia igual a tantos outros, confrontam uma realidade criada por alguém que decide transformar o seu e o nosso dia em algo difícil de igualar.
Olho pela janela as imagens que se atropelam num turbilhão de pensamentos, os pormenores de uma beleza inigualável que se me escapam na velocidade incontornável dos carris serenos sobre os quais deslizo eu e todos os outros que agora são iguais a mim.
“ – Bom dia, boa tarde e boa noite. Escrevi o teu nome na água, coisa mais impossível não se vê, mas o teu nome é tão lindo que até na água se lê”.
Olho, estupefacta, tal como todos o fazem. O discurso prossegue numa série de versos decorados e declamados da mesma forma que o fazíamos na escola primária para as festas de Natal quando os apregoávamos de coração aberto aos olhares atentos dos nossos pais e professoras, enquanto os nossos colegas se divertiam a fazer tudo menos a prestar-nos atenção.
Hoje, também eu sou “colega” desse homem que decidiu tornar a minha viagem de sempre, um pouco especial.
Sim, também eu olhei para a janela, ignorando a sua actuação fascinante, o seu sorriso inocente e o seu andar trôpego. Fiz-me igual a todos os outros passageiros, entreolhando-se admirados, mas incapazes de soltar qualquer comentário.
Senti vontade de me levantar e de aplaudir sorrindo-lhe. Mas iria saltar à vista e tornei-me incapaz de, tal como ele, ter tentado fazer alguém feliz, neste dia igual a tantos outros.
domingo, fevereiro 26, 2006
Estranha forma de vida
Arrepio-me....
As faces, as vozes, as existências que me acompanham desde sempre.
São-me tão familiares e ao mesmo tempo tão distantes, inexistentes, desafiantes.
Como é que o mundo pode trair-nos através de um simples olhar?
É tudo tão efémero que chega a fugir-nos entre os dedos mesmo quando ainda é nosso...
Oxalá sejamos sempre capazes de dar valor ao que possuimos, embora esteja certa de que nunca o seremos.
Talvez esses momentos de incerteza sirvam para isso mesmo...
A dar valor...
Ao que temos...
Ao que fomos...
Ao que somos...
Estranha forma de vida...
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Meu anjo
Eu sei, meu anjo, que me olhas e me guias na mais escura das minhas noites. Mas também sei que te entristeces e que me arrefeces quando a noite é morna, condenando-me por não te recorrer quando mais preciso. Eu sei que não partiste, que estás aí e simultaneamente aqui, dentro de mim. Mas sou fraca para combater a dor de não te querer recordar, de lutar para te ter presente e de não conseguir.
Porque me foges? És tu que ultrapassas o meu além ou serei eu que não tenho asas que me elevem a ti? Se pedir perdão fosse a chave para a minha redenção, eu fá-lo-ia com toda a compaixão que te mereço. Mas o tempo que tinhamos para partilhar a nossa vida esgotou-se naquele dia em que o céu te roubou de mim.
Decido, então, fechar os olhos e ver-te: o cabelo cuidadosamente penteado, a pele rosada e aquela expressão de coragem, de quem sempre a teve para enfrentar a vida. Foste, és e serás sempre minha.
Senão na minha vida, hoje e para sempre no meu coração.
(Quem visitou o meu photoblog, provavelmente recorda-se deste post. Contudo, decidi afirmá-lo mais uma vez. Há alturas na vida em que somos incapazes de esquecer quem parte...)
quinta-feira, janeiro 19, 2006
Utopia
Preenches-me com a forma de um ser elevado ao extremo da perfeição e horrorizas-me em agonia.
Imagino-te crescer dentro do meu peito, preencher os meus dias, mudar a minha vida. Sorris comigo e sorris-me. Fazes-me chorar...
Não te vejo, não te cheiro não te posso nem tocar.
Odeio o que sinto, como te sinto... Se te sinto...
Porque vens?
Sou enorme na tua pequenez. Toco, enfim a tua essência e morro de dor por não te poder matar...
Acordo e agradeço a Deus nunca teres vivido em mim.
És Utopia. Oxalá o sejas enquanto não te desejar.